quarta-feira, 9 de maio de 2012

"Mary Reilly" de Valerie Martin


"Mary Reilly" conta a história de uma das empregadas de Dr. Jekyll, do livro de Robert Louis Stevenson.
Mary trabalha na casa do Dr. Jekyll e demonstra uma certa afeição para com o seu amo. Jekyll também o demonstra, em especial porque a rapariga é bastante perspicaz, honesta, séria e letrada.
Mary é uma jovem na casa dos vinte anos. Quando era pequena era maltratada pelo pai e isso deixou-lhe marcas e cicatrizes. Mary frequentou a escola e aprendeu a ler e escrever. Quando alcançou a idade de poder trabalhar como empregada ou moça de recados, Mary começou a trabalhar. Passou por várias casas até chegar à de Dr. Jekyll.

É ela que escreve a história, como se fosse um diário. Mary começa a contar o seu dia a dia na casa, com o amo e os outros criados, antes do período de Edward Hyde.
Dr. Jekyll começa a enviar cartas para um morada num lugar decrépito e conta com Mary como correio. Mary começa a temer o que a rodeia, mas tal acentua-se mais com a chegada de Hyde.

A história de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, contada não pelo Mr. Uterson (no livro de Robert Louis Stevenson), mas por Mary Reilly.

A minha opinião geral é a seguinte:

O ambiente da história, a atmosfera que rodeia as personagens, é interessante. A Mary é a personagem mais interessante desta obra. É uma personagem bastante complexa.
O facto de haver muitos detalhes sobre a vida da casa foi um pouco maçador, mas era necessário ao ambiente. Os diálogos entre as personagens é a melhor parte e podiam ser em maior número. Acho mesmo que a maior "falha" do livro é a pequena quantidade de diálogos. E a falta de ação.
Ou seja, gostei do livro, apesar de não ser bem aquilo que estava à espera, uma vez que estava à espera de algo mais movimentado.

É um livro. Existe o filme!