quinta-feira, 2 de agosto de 2012

"A História Interminável", de Michael Ende

"Querias ser capaz de amar, para poderes voltar para o teu mundo. Amar...é muito fácil dizê-lo! As Águas da Vida vão perguntar-te: quem? Não se pode amar simplesmente, em geral, e de qualquer maneira. Mas tu esqueceste tudo excepto o teu nome."
 

Desde muito nova que ouvia falar desta história. Via os desenhos animados ou algo do género (não era o filme) num dos canais de tv de desenhos animados, provavelmente no Canal Panda, e não fazia ideia que era baseado num livro.
Mais tarde conheci a música e vi que havia um filme, mas ainda não sabia que todos se baseavam no livro.

Até que descobri.

E decidi, um dia, lê-lo. E assim foi.
Há alguns meses comprei-o, mas só a semana passada lhe peguei.
Não é um livro que se leia depressa, como tantos outros. Não é um livro que tenha achado fácil de ler. No inicio não estava a compreender este meu sentimento em relação ao livro.
Mas com a continuação da leitura compreendi.
A história é muito bonita para se ler depressa; a história tem vários significados implícitos; a história é um hino ao Amor e à Amizade e à acreditar em nós mesmos, em gostarmos daquilo que somos.
Esta história tem uma mensagem demasiado bonita para ser entranhada de um momento para o outro. É preciso tempo para "degustar", é preciso tempo para compreender toda a mensagem.

Gostei muito do livro.

Este livro conta a história de uma História. Conta a história de Fantasia, um "reino sem fronteiras", onde o Homem pode ir e voltar (se conseguir). Fantasia é uma História, uma História Interminável. Uma História onde reina a imaginação. A figura superior de Fantasia é a Imperatriz Criança, uma rapariga, aparentemente criança, mas com uma idade imensa, e uma sabedoria muito grande. Ela não faz distinção entre o "Bem" e o "Mal" e ninguém, de Fantasia, se atreve a fazer-lhe mal. É amada por todos, respeitada.
Mas Fantasia começa a "desaparecer", do nada, no Nada. E a Imperatriz Criança adoece com uma doença mortal relacionada com o Nada. Então decide (depois de outros acontecimentos) mandar um "mensageiro", um "herói" para descobrir a cura para a sua doença. Escolhe um jovem rapaz chamado Atreiú para esse papel e manda que lhe entreguem o seu "Signo", AURIN, a "Jóia" (uma jóia que confere a quem a usa os poderes da Imperatriz Criança).
Este é o inicio da história que Bastian, o rapazinho que encontra e rouba o livro "A História Interminável" de uma loja de livros, começa a ler no livro que roubou. Mas nem tudo é o que parece e, mais cedo ou mais tarde, Bastian apercebe-se de que aquele livro não é o que parece. Não é um mero livro. É um livro mágico.


Com personagens majestosas, paisagens magistrais, culturas incrivelmente diferentes e um enredo completamente alucinante e diferente (de outros que tenha lido), este livro é uma obra de arte.
Recomendo a todos!!! 
"Pois sabia-o agora: havia no mundo muitos milhares de formas de alegria, mas no fundo todas são uma única: a alegria de poder amar. Tudo se resumia a isto."

1 comentário:

  1. Quando eramos pequenos o meu irmão adorava esse filme e recordo-me muito bem da música e do animal branco que voava e que parecia um cão, lembro-me da rocha falante que tinha um filho no segundo filme da saga. São recordações boas de se terem porque são tempos felizes e em que acreditamos nesses seres estranhos que queremos encontrar um dia. Boa Leitura.

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